Raulzito

 Tranquilo em sua bicicleta, descalço, ele é visto pedalando no trânsito caótico do Rio. Em outubro de 1973, Raulzito resolveu deixar o carro de lado em uma espécie de protesto contra a poluição. Visionário.

Naqueles dias, o cantor e compositor fazia uma temporada de shows no Teatro Tereza Rachel, dirigido por Paulo Coelho. Tocava as músicas do recém-lançado álbum "Krig-ha, Bandolo!". O LP trazia músicas como “Mosca na sopa", “Metamorfose ambulante", “Al Capone", "Ouro de tolo", além de vários outros sucessos.

Foi o estouro definitivo do pai do rock brasileiro, que tinha apenas 28 anos na época. Naquele mesmo ano de 73, em junho, Raul deu uma entrevista ao GLOBO. Disse ao repórter que havia compreendido o sentido profundo da vida. Contou também fazer parte de uma nova sociedade de pessoas despertas, que se comunicavam de várias maneiras: "Os caretas estão loucos, perderam o jeito, estão tropeçando a todo instante".

Ao final do papo, falou sobre a vida naquele momento: "Como eu vivo? Bem, sou casado, tenho uma filha de 2 anos e meio, moro em Ipanema. Deixei meu emprego de produtor de discos para viver só de música. Tenho um Corcel 73 e quero ter um avião a jato para poder ir ao Himalaia, onde, dizem, tem um campo de pouso para discos voadores".

 copiado de https://www.facebook.com/photo/?fbid=589765415426631&set=gm.4991771850867013

 

foto Antônio Carlos Piccino / O GLOBO

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