Aborto por Elis Regina e o caso do estupro e pedofilia da menina de 10 anos

 
 
 
 
Bom, após a criminosa S.W. expor os dados e local em que a menina de 10 anos iria fazer aborto, apareceu uma gangue defendendo o estupro e pedofilia, que fugiram de medo de uma maioria que apareceu (convocado pelo Coletivo Fórum Mulheres de Pernambuco) pra apoiar o aborto que foi autorizado pela justiça....
 
 
 
 

Atrocidade 1: violar sexualmente uma menininha de 6 anos!
Atrocidade 2: continuar violentando sexualmente uma menininha dos 6 aos 10 anos;
Atrocidade 3: engravidar uma menina de 10 anos;
Atrocidade 4: ter que esperar a Justiça brasileira autorizar o aborto LEGAL previsto em Lei - Código Penal brasileiro - desde 1940!
Atrocidade 5: ter que passar pela revitimização, narrando essa história triste, grotesca, violenta, macabra por TODAS as instituições por onde essa menina de 10 anos passou (o que deveria circular - EM ABSOLUTO SIGILO - era o seu Protocolo).
Atrocidade 6: uma "ministra" de Estado encaminhar sua equipe ao domicílio dessa criança para convencê-la a não abortar.
Atrocidade 7: um hospital UNIVERSITÁRIO - o Hospital de referência em abortamento legal em Vitoria, no ES - negar atendimento à menina de 10 anos.
Atrocidade 8: a menina e sua avó serem obrigadas a viajar mais de 2 mil km para realizar o procedimento em segurança, num Hospital do Recife/PE.
Atrocidade 9: elas precisarem entrar no hospital escondidas no porta malas de um carro, porque fundamentalistas as aguardavam na Portaria.
Atrocidade 10: fundamentalistas religiosos com apoio de fundamentalistas parlamentares gritarem "assassina" para uma menina estuprada, desde os 6 até os 10 anos de idade.
Atrocidade 11: uma cretina, fundamentalista e criminosa, publicizar o nome e o endereço da criança no Tweeter.
Atrocidade 12: os fundamentalistas ficam "orando" na portaria do hospital e "pedindo" que o procedimento não se realize.
Atrocidade 13: o estuprador seguir livre.
Atrocidade 14: Acordamos no dia seguinte de todas essas 13 atrocidades anteriores e seguirmos as nossas vidas NORMALMENTE. Quase como se elas não estivessem acontecendo nesse minuto agora tb, com outras meninas brasileiras, como sempre fizemos, aliás.
OBRIGADA AOS MOVIMENTOS FEMINISTAS DO RECIFE, as ÚNICAS a se manifestarem pela DOR E PELO SOFRIMENTO INFINITOS dessa menina triste de 10 anos.
Esse país MORREU.

Por Marlise Matos

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Matéria G1- Por Matheus Magenta e Laís Alegretti, BBC 

O aborto realizado legalmente em uma criança de 10 anos que foi estuprada no Espírito Santo virou campo de batalha no Brasil.

Após autorização judicial, a menina foi levada a outro Estado no domingo (16/08) para interrupção da gravidez. Ela relatou que sofria abusos sexuais do tio desde os 6 anos e que não contava para os outros porque ele a ameaçava. O tio da criança está foragido. 

Embora o caso tenha virado pano de fundo de uma briga ideológica e venha sendo tratado como algo inédito, dados oficiais revelam que ocorrem no Brasil, em média, seis internações diárias por aborto envolvendo meninas de 10 a 14 anos que engravidaram após serem estupradas.  

Esses casos envolvem procedimentos feitos no hospital e internações após abortos espontâneos ou realizados em casa, por exemplo.

Se o número parece alto para quem não acompanha o assunto, ele é pequeno perto da quantidade de estupros de crianças e adolescentes que ocorrem no Brasil: a cada hora, quatro meninas de até 13 anos são estupradas no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019. 

"Há uma naturalização desta violência. O pessoal já nem presta mais atenção em menina de 13 ou 14 anos grávida. O pessoal tá começando a prestar atenção na gravidez de 10, 11 anos de idade", diz a advogada Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta, que atua no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Ela defende, ainda, que só faz sentido tratar desse assunto a partir de um caso específico se for para mostrar que essa violência é muito mais comum do que se imagina. "É uma história tristíssima. E infelizmente é uma de muitas, o Brasil está lotado de casos como este."

Segundo dados tabulados pela BBC News Brasil no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, do Ministério da Saúde, o Brasil registra ao menos seis abortos por dia em meninas de 10 a 14 anos, em média.

Só em 2020, foram ao menos 642 internações. O país registra também uma média anual de 26 mil partos de mães com idades entre 10 a 14 anos.

 Desde 2008, foram registrados quase 32 mil abortos envolvendo garotas dessa faixa etária.

Se forem consideradas as 20 mil internações nas quais constam dados de raça ou cor de pele, 13,2 mil envolviam meninas pardas (66%) e 5,6 mil, de brancas (28%). Esses dados incluem abortos realizados por razões médicas, espontâneos e de outros tipos.

Das 20 cidades com mais internações em números absolutos, todas são capitais, exceto Duque de Caxias (RJ), Feira de Santana (BA) e Campos de Goytacazes (RJ). Não há dados disponíveis sobre o sistema privado de saúde.

Casos de estupro (não só de crianças) são uma das três situações em que o aborto é permitido no Brasil. As outras duas são anencefalia ou risco de vida para a mãe.

Nos últimos dez anos, o Brasil registrou, em média, uma interrupção de gravidez por razões médicas por semana envolvendo meninas de 10 a 14 anos. Em 2020, foram ao menos 34 ocorrências nesta faixa etária e 1.022 incluindo mulheres de todas as idades.

"Toda menina grávida de até 14 anos foi estuprada, não importa a circunstância. O estupro de vulnerável é justamente em função da idade", aponta Luciana Temer, que também é doutora em direito pela PUC-SP e ex-secretária da Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo.

 Exposição ilegal

Violando a legislação que protege crianças e adolescentes no Brasil, a militante de extrema direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, divulgou detalhes que podem identificar o caso, inclusive a localização do hospital em que a criança estava no momento.

Luciana Temer destaca que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) protege a identificação de todas as crianças e adolescentes. "O ECA protege inclusive o nome do menor infrator, imagina a menina vítima. Não podia dar nome, nem o hospital, nenhum dado."

No local, um grupo de pessoas fez um protesto contra o aborto legal da criança estuprada e chegou a gritar "assassino" para tentar atacar o médico responsável pelo procedimento autorizado pela Justiça, segundo vídeos divulgados pela internet.

Por outro lado, também foram ao local mulheres que apoiam o direito da criança de realizar o aborto legal. Elas defenderam que a vida da menina está em risco e que o aborto legal é um direito dela.

"Não vamos abrir mão da vida de uma menina de 10 anos. Gravidez forçada é tortura. Gravidez aos 10 anos é morte. Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer", repetiu o grupo.

Luciana Temer aponta que a grande exposição do caso tende a aumentar o estigma em relação à vítima de violência sexual.

"Toda violência sexual, principalmente contra meninas e meninos muito novos, tem consequências sérias para eles e para as famílias. E quanto mais notabilizado for o caso, pior. Esta menina vai ficar estigmatizada, essa família vai ficar estigmatizada com toda essa repercussão", diz.

"Se eu fosse avó pediria indenização financeira, inclusive por danos morais, para quem divulgou. É um absurdo isso. Virou ideológica e radical." 

 17 de agosto de 2020

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No Brasil são cerca de três milhões de garotas que mudaram drasticamente suas realidades ao se casarem na infância ou adolescência...

Entre os 10 e 14 anos, mais de 88 mil meninas e meninos vivem em uniões formais e informais....

Veja mais aqui - https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/casamento-infantil-brasil-e-o-quarto-pais-com-maior-numero-de-meninas-casadas/

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