Vou usar a Ilusão do professor David Novick pra explicar e desenhar um pouco o pensar SupraVivente.

Todas as bolas tem a mesma cor na imagem....

Mas os riscos em frente a elas, somado ao fundo, gera uma percepção de que são bolas com 3 cores. Ainda mais quando se vê a distância.

Da mesma forma, quando somos 'programados' de forma inconsciente a vermos o que estamos acostumados e gostamos (chamamos isso de bolha de informação, que são reforçados nas redes sociais por algoritmos que percebem o que curtimos e tendem a nos dar mais informações dessa tipologia curtida), isso se mistura com o chamado Viés de Confirmação, onde procuramos confirmar nossas crença ao selecionar os que achamos que confirmam ela, e poucos se abrem a pesquisar coisas que conflitam com essa crenças (o que poderia levar ao aprendizado e mudança).

Assim, buscamos com a visão do SupraVivente buscar entender a Dinâmica de Cismogênese que acontece no social, ao se dividir as pessoas pra enfraquece-las politicamente. E buscar no outro ver as semelhanças, sem necessariamente ver as diferenças. Que muitas vezes, como nessa ilusão ótica, não estão nas pessoas, mas no meio social que elas acabam participando, ou se reforçando.

Nessa pandemia é uma boa hora pra no Brasil, sairmos de uma divisão de opções político partidárias, pra nos ajudar de forma humana, pensar em todos. 




“As crianças indígenas não são educadas, mas orientadas. Não aprendem a ser vencedores, porque, para uns vencerem, outros têm de perder. Aprendem a partilhar o lugar onde vivem e o que têm para comer. Têm o exemplo de uma vida onde o indivíduo conta menos do que o coletivo. Este é o mistério indígena, um legado que passa de geração para geração. O que as nossas crianças aprendem desde cedo é a pôr o coração no ritmo da terra”
Ailton Krenak, líder indígena do Brasil
 
"Quero da vida as claras superfícies onde terminam e começam meus amores. Eu te sinto na pele, não no coração. Quero do amor as tenras superfícies onde a vida é lírica porque telúrica, onde sou épico porque ébrio e lúbrico. Quero genitais todas as nossas superfícies."
Roberto Freire
 
" Diz a sabedoria indígena que quando não cumprimos aquilo que prometemos, o fio de nossa ação que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar fica solto ao nosso lado. Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em nossos pés e impedem que caminhemos livremente... ficamos amarrados às nossas próprias palavras.
Por isso os nativos tem o costume de: "por-as-palavras-a-andar" que significa agir de acordo com o que se fala; isso conduz à integridade entre o pensar, o sentir e o agir no mundo e nos conduz ao Caminho da Beleza onde há harmonia e prosperidade naturais."
Sabedoria indígena

 
Eduardo Galeano, no livro 'Os filhos dos dias'
 
 

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