Todas as vidas importam

 
Acho muito tosca a frase VIDAS NEGRAS IMPORTAM....
 
Primeiro que eu falaria, vidas pretas importam, pois as pessoas seguem um politicamente correto nutella ou de fachada. E gosto da visão de trocar o NEGRO (pejorativo em português) pro PRETO (mais ligado a cor e menos a preconceitos generalizados)
 
Segundo que essa importação de se valorizar o preto, como o MEME-BOBO abaixo, esquece totalmente dos vermelhos, ou índios.  Os EUA fizeram seu genocídio indígena muito antes que nós, ainda na colonização do país. Aqui o genocídio indígena é mais amplo que em qualquer local do mundo, mas os pretos (que nesse caso prefiro chamar de negros) e os que se dizem ANTIrracistas (ou sejam aqueles que se pontuam no inimigo pra viver, e por consequência valorizam e mantém seus inimigo vivo pra não perder seu objetivo de vida) simplesmente acobertam a invisibilidade das vidas vermelhas sendo dizimadas, como árvores nas florestas.... Assim vou contra o pensar de grupos identitários como esse Portal Geledes, que se tornam racistas contra os vermelhos, amarelos e brancos pobres....

Todas as vidas importam, claro, mas se o exemplo acima não te convence de que olhar para a vida da população negra é urgente e sempre foi, você está colaborando com a manutenção do projeto de exterminação da população negra e também é culpado por todas as mortes de corpos inocentes. Se nem isso justifica, temos dados numéricos.  frase tirada de https://www.geledes.org.br/entenda-por-que-falamos-que-vidas-negras-importam-em-vez-de-todas-as-vidas-importam/

Esse Movimento Identitário que se tornou a principal forma de não mudar nada, e alimentar os inimigos, é um grande desvio de foco. Manipulação em massa pra deixar os explorados brigando entre si, sem atacar as causas do problema, que são as desigualdades econômicas.

Assim, discordo desses movimentos identitários que servem a alimentar a Dinâmica de Cismogênese atual, ou seja, como se produz uma retroalimentação dos que se dizem opostos, mas são iguais....

Não canso de 'cancelar' amigos virtuais que se dizem antifascistas mas querem fogueira aos fascistas.... Ou seja seu fascismo politicamente correto contra os fascistas politicamente incorretos....

Isso não é um texto, e sim um desabafo.... Hoje começo a fazer meu Podcast DELÍRIOS CAÓRDICOS, e lá poderei expor mais a visão SupraVivencialista....
 
Rui MT
 
(viram quem as ações do Carrefour subiram com a divulgação que teve pela morte em 19/11, a lei do marketing - Falem mal ou falem bem, mas falem de mim....)
 


PS3 - outra imagem apelativa, usando criança pra defender as teses racistas dos que se dizem antirracistas...

 


PS2 - Outro texto pra reflexão

A tal da Consciência Humana.
Obviamente que somos humanos e sob essa perspectiva somos absolutamente iguais enquanto espécie.
No entanto, somos humanos diferentes uns dos outros, mesmo que isso pareça óbvio até pras ostras, há muita gente que diga que não. Enfim...
Estas diferenças se consolidaram ao longo do tempo em contextos sociais, tornando-se um status quo moral/operacional, como por ex. a maioria hetero, rica, cristã ou branca, a depender da sociedade em questão.
Aqueles seres humanos que são diferentes dessa maioria e que se tornaram vulneráveis por suas características (fisicas, religiosas, sexuais, etc), sempre sofreram com exclusão, violência, preconceitos, maus tratos. A histoŕia é rica em exemplos.
Mulheres, gays, negros, tetraplégicos, até mesmo os adolescentes! são todos humanos, mas humanos fragilizados e excluídos pelas sociedades ao longo da história. Sofrem bullying!
Somos humanos, mas cheios de diversidade e é impossível negar que tudo aquilo que é diferente dentro de um contexto igualitário, acaba por ser excluído.
É necessário proteger essas minorias, sem super proteção ou exageros emocionais, pois não queremos eternizar a vitimização histórica e atual a que são submetidos.
Assim como uma criança é vulnerável e necessita ser protegida muito mais que um adulto, todo adulto vulnerável também necessita de alguma rede de proteção, isso é Ser humano.
Daqui a pouco, acreditando somente no viés da consciência humana (é tão lindo, mas na prática...), nao haverá mais seres humanos com depressão, seres humanos pobres ou seres humanos cegos. Aliás, isso já acontece, porque para muitos eles nem existem.
Sou fumante, agnóstico, careca, nao casei, nem tive filhos. Muitíssimo diferente da maioria.
Nem melhor, nem pior, diferente e feliz assim.
Se você soubesse o que ja ouvi, senti e vivi em função das minhas particularidades...
Mas, ainda bem que sou branco, hetero e moro na zona sul e somente por isso parte desta sociedade ainda me aceita, me valida e consigo inserção social.
Imaginem com essas características e também ser negro ou gay, de bairro periférico ! Estaria bem abaixo de 7 palmos de terra, certamente.
Desejar apenas uma consciência humana é dispor de uma ideia absolutista e totalitária. É negar as individualidades.
É negar que somos todos diferentes, apesar de humanos. Por extensão, nega-se o real sofrimento das minorias vulneráveis.
Pensar somente em consciência humana é duma ilusão completa, é ficar gostosamente se ajeitando nas almofadas ilusórias e confortáveis.
Quem sabe um dia, quando todas as diferenças forem percebidas e tratadas como normais, e quando as minorias não se sentirem mais como minorias devido ao tratamento humanizado e igualitário que receberam - além da própria eterna luta pra sobreviverem num mundo cão - a tal da consciência humana se estabeleça.
Por hora, o que temos é uma ausência quase que total de respeito às individualidades.
Evoluímos muito pouco e Narciso continua firme e forte, negando e sendo cruel com tudo que lhe pareça diferente.
Incluisve com o que é humano.
Obs.: esse texto nao reflete nenhuma posição ideológica ou quaisquer espectros politicos, absolutamente.
Caso pense que sou de esquerda ou que o texto possa representar os ideais da esquerda ou que sou um evangélico de direita, lamento, mas Narciso tá contigo e nao abre e você faz parte da maioria segregadora.
Esta é apenas a posição específica de alguém específico, único, inigualável, assim como você.
Marcelo Giorgis
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PS1 - depois de publicado, achei um texto que nada tem a ver com o tema, mas aborda a economia com uma visão próxima do meu pensar, ou seja, escapar dos desvios que impedem mudanças reais....

A volta do debate que importa

Para que serve um governo? Cuidar das pessoas ou cuidar das empresas? É possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo?

São perguntas que simplificam uma questão complexa -- mas que resumem, com clareza, o debate brasileiro nos últimos oitenta anos.

A ideia vitoriosa nas duas ditaduras brasileiras do século passado, a de Getúlio Vargas e a dos militares -- e também do período democrático entre elas -- foi o nacional-desenvolvimentismo. Segundo essa corrente, cabia ao governo subsidiar setores da economia escolhidos a dedo.

De Getúlio aos militares, os governos criaram copiosamente companhias terminadas em “brás” e incentivaram indústrias como a automobilística. Cuidaram das empresas – estatais e privadas –, mas não dos cidadãos. O baixo investimento em educação mostra isso de forma eloquente. Durante a ditadura de Vargas, o valor oscilou entre 1% e 1,5% do PIB. Entre 1955 e 1975 subiu só um pouco, para 2%. Saúde pública também nunca foi prioridade nos dois regimes autoritários.

Veio a redemocratização, e os brasileiros, representados pelos constituintes de 1988, decidiram que os governos deveriam cuidar das pessoas. Saiu de cena o nacional-desenvolvimentismo e começou a era social-democrata. Ela teve seu auge nos governos de Fernando Henrique e Lula. No ciclo tucano-petista, criaram-se o Sistema Único de Saúde, os programas de combate à pobreza, e o gasto com educação mais que dobrou, saltando para o patamar de 4,5% do PIB.

O debate sobre a função do Estado – cuidar das empresas ou cuidar das pessoas? – foi retomado recentemente a propósito do livro “O Dever da Esperança”, de Ciro Gomes. Em um ensaio crítico sobre a obra, o economista Samuel Pessoa, defensor da postura social-democrata, argumentou que, num país de orçamento apertado como o Brasil, não dá para cuidar das pessoas e das empresas ao mesmo tempo. O desfecho inevitável é a insolvência do País. Na era Dilma Rousseff, que se dizia desenvolvimentista, uma recessão brutal jogou milhões de brasileiros na pobreza.

Nélson Marconi, que participou da formulação do programa de Ciro na última eleição presidencial, defende que o desenvolvimentismo, em sua versão moderna, nada tem a ver com estourar orçamentos ou criar estatais. Ele acha possível o governo cuidar das pessoas e das empresas mantendo-se na trilha da responsabilidade fiscal – Marconi é um crítico da gastança do período Dilma.

(Existe uma terceira corrente, a liberal, que defende a redução do Estado para soltar as amarras da economia. Nunca fez muito sucesso no Brasil. Alguns liberais apoiaram o presidente Jair Bolsonaro mas, sentindo-se ludibriados, desertam dia após dia, como mostra a reportagem anexada à versão digital da coluna).

Os brasileiros têm gastado muito tempo discutindo temas irrelevantes, como um suposto “perigo comunista” ou a falsa oposição entre a “velha” e a “nova” política. Existem apenas a boa política – aquela baseada no respeito aos fatos e aos oponentes – e a má, que nega a realidade e desqualifica quem pensa diferente.

Passou da hora de retomar a conversa inteligente e civilizada, característica da boa política. Nélson Marconi e Samuel Pessoa, personagens dos mini-podcasts da semana, estão entre os vários interlocutores qualificados no debate que importa -- e que, com sorte, deverá prevalecer no ciclo da próxima eleição presidencial: aquele sobre o país que queremos ter.

*JORNALISTA, ESCRITOR E PROFESSOR DA FAAP E DO INSPER

incrivelmente, na página que copiei, não aparece o nome do autor https://outline.com/CtpuqY 

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Aqui um vídeo curto mostrando a estratégia dos ANTI, e a que prefiro, a da criatividade, uma terceira via....

Resistência ao racismo, retroalimentar com antirracismo ou calar com criatividade (vídeo)

 observação final, claro que defendo uma sociedade igualitária, mas as pessoas vivem hoje uma polarização rasa e reducionista, seguindo a tese falsa de que 'não basta não ser racista, é preciso ser antirracista', como o vídeo do Karnal recente, que tem coisas muito boas, mas termina nessa tolice de que só existem 2 pólos....


 

Comentários

  1. Agradeço a cópia do meu texto em seu bloog. Forte abraço!
    Marcelo Giorgis, Psicólogo Clínico

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    Respostas
    1. Coisas boas precisam ser divulgadas nesses tempos difíceis... Valeu, abração

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